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sexta-feira, 9 de abril de 2010

Uma outra estória

sexta-feira, 9 de abril de 2010 0
  Parecia triste talvez fosse por sentir saudades daqueles tempos, os quais pareciam eternos, mas que na realidade tinham prazo de válidade, que apenas não estavam tão bem especificados como deveriam. As saudades  de certa forma assemelham-se a punhaladas que dilaceram a alma no seu mais profundo, que ao invés de jorrar sangue, faz pior, esvazia por completo todos os sentimentos puros. Sentimentos, os quais escapam paulatinamente por estes orifícios surreais provocados por estas malditas e frias estocadas. Estocadas estas, gerando feridas que por vezes não sicatrizam, apenas acostuma-se à intensidade das dores.

   A única forma encontrada para enfrentar esta tão dolorida tristeza causada por esta saudade súbita, como se nunca mais fossemos encontrar aquele outro, e no entanto muitas vezes este outro esta apenas querendo refletir sobre tudo, como o casal que briga e cada qual se esconde no seu canto tentando descobrir oque realmente aconteceu, para logo após ressurgir cada um do seu casulo e selarem amores infinitos, para todo sempre, se é que exista um "todo sempre" por ai.Mas a forma realmente concreta de enfrentamento deste sentimento nefasto é respirar fundo e tocar em frente, sim, não há uma solução com tal exatidão para isto. É apenas dobrar a esquina e seguir em frente. 

   Esta saudade acomete somente os que tentam amar, que se permitem amar.Amor que é o mesmo que odio, apenas trocam-se os sinais como na matemática.A intensidade povoa os dois sentimentos de forma igualitária. Oque nos resta é enfrentar com toda força, do fundo desse tão mal tratado e sufocado coração. E o dia depois de amanha surgira com onipotência descomunal, apresentando-nos o caminho da rendição, e será como uma grande tormenta, a qual resulta sempre numa apaziguadora calmaria, com aquele arco-iris refletindo todas as suas cores, iluminando sublimemente o caminho soturno dos moribundos, aquecendo a alma destes que são o revés daqueles lá do começo do texto, o amor triunfará sobre tudo, oque pode ser meio datado, mas sinceramente, é oque realmente acreditamos que aconteça no final das contas.


-Terminei finalmente.


  Talvez não fosse a melhor coisa que pudesse ter escrito, mas era o melhor atré o momento. Termina o lado A de um dos discos mais legais da história da música, o ano era 1966 "Blond on Blond" do Bob Dylan, seu baseado estava na última ponta, mas não interessava, faria outro para esta calmaria repentina não chegar ao seu instantâneo final, enquanto isso seguia aquela melodia Dylannesca gostosa tocada em vitrola dos anos sessenta e naquele momento sentenciou:  aquele sujeito era, definitivamente, o maior poeta do rock.

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