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segunda-feira, 26 de julho de 2010

VITROLA VIRTUAL # 1

segunda-feira, 26 de julho de 2010 1
  Musics para todos os gostos, do hype ao rêtro, pois tentarei postar um por semana, músicas que ouço e desejo comparilhar, logo, escute e deixe um comentário.                                                         



  1. Cold Wind by Black Rebel Motorcycle Club
  2. New York City Cops by The Strokes
  3. Me and the Major - Belle and Sebastian
  4. The Band - King Harvest (Has Surely Come)
  5. Dr. Robert - The Beatles
  6. BB Brunes - (D)Andy
  7. Wolfmother - In The Morning
  8. Queens of the Stone Age - Auto Pilo   
  9. Iggy Pop-Lust for life

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sábado, 24 de julho de 2010

Entre birítas e pó royal

sábado, 24 de julho de 2010 1
   O cheiro de sexo pairava no ar, misturado ao suor evaporado pelos corpos que a pouco se enroscavam feito cobras, naquela cama velha com lençóis que não eram trocados a algum tempo.O quarto todo era muito velho, com certeza vários encontros sexuais ja haviam acontecido naquela cama, naquele ninho podre que a velha dizia ser um lugar de respeito, respeito o caralho, pois sabia-se muito bem que aquele lugar era feito apenas pra encontros e para usuários de droga consumirem seu nectar, sejam endinheirados ou mesmo aqueles sujeitos durões que juntavam uma grana para cheirar a duros sacrifícios, mas obviamente a velha tirava sua etapa que era um teco pequeno, pelo menos era oque dizia, mas oque não sabiam era que de teco em teco ela estava se destruindo a valer, day by day.Bom, mas voltando ao que importa, o cara ficou olhando pela janela do quarto e pensava naquela outra mulher que talvez estivesse a sua espera em algum lugar e quem sabe necessitasse de sua ajuda, mas ele não queria nem saber no fim do ano voltaria tudo ao normal, logo, na sua cabeça pervertida acreditava que tinha de aproveitar o máximo possível, tudo em todos os minutos.A mulher ainda na cama acendeu um cigarro e lhe questionou noque pensava.O homem falou que nada, apenas observava a rua com suas distrações baratas.Falou à garota que precisava beber algo para descer a cocaína, a moça disse que ia pegar uma cerveja lá embaixo, enquanto isso ele prosseguiu no seu monólogo mental.


   Quando chega até a geladeira tem vários caras sentados na cozinha consumindo suas drogas, um deles mexe com a moça, que o manda a merda.Pega cerveja e antes de subir a velha chega próximo dela e pergunta quanto tempo mais ficariam lá, pois tinha uma proposta para lhe fazer.Retorna ao quarto e passa um dos copos para Pedro, ele segura o mesmo, pergunta a garota se tem algum plano melhor para a vida além de seguir naquela  junkielifee logo após, afirma que talvez houvesse uma forma de sairem juntos daquela e seguirem uma vida mais regrada ou um pouco menos turbulenta.A garota fala que ja tentou uma vez, mas que não deu certo, ficou um tempo em casa numa boa, entretanto não durou muito este recesso.Oque te assusta tanto na vida? indaga à garota, ela responde que nada, a vida é um passatempo e todos vamos encontrar seu final em algum ponto determinado, logo, porque não seguir na trilha errada até onde der.Queria mesmo era viver, não se arrepender de nada que não fez, não tinha nascido para uma vidinha pacata, com empregos normais e almoços familiares aos domingos, era assim como era e pronto, sem ressentimentos com nada.O cara falou que deveria tentar, quem sabe faltasse encontrar a pessoa correta para lhe ajudar, pois pensava grande e não queria passar a vida inteira se autodestruindo, mesmo tendo uma forte tendência a isso no sentido literal da coisa, sem anédotas metafóricas.Neste momento, ela diz para Pedro que tentou o suicídio por duas vezes, com insucesso patético.Havia uma força superior que lhe prendia a este maldito circulo de amizades estavam acabando com sua reputação, que talvez nem mesmo existisse mais.

   Pedro chega próximo dela, a segura pela nuca e  tasca um beijo ,naquele exato momento percebeu que aquele beijo era tão doce quanto o de inúmeras mulheres de reputaçao intacta e percebeu que aquela mulher, daquele jeito, era oque queria e não era nenhuma aventura de momento, é algo que nem mesmo ele tinha como explicar,como uma junkie fudida como aquela lhe atraia de forma singular.Seguiria com ela até onde aguentasse ou desse e que fosse todo resto para o inferno, não se importava com oque os outros diriam a seu respeito.Após, deitaram-se na cama e seguiram para mais alguns momentos de sexo sujo, mas verdadeiro, que ambos gostavam.Seria tudo aquilo uma ímpeto fugaz de momento ou um sentimento puro gerado de diversas situações depravadas que à meses estavam vivendo juntos, isto nem mesmo eles conseguiriam dizer e somente o tempo mostraria.Enquanto isso a velha cheirava pesado na sala ao som de boleros antigos e à luz de lâmpadas vermelhas.De repente sente uma forte dor no peito, não conseguia respirar direito, sentia-se tonta, tentou gritar por socorro, mas era um ato em vão, pois o volume do som não permite que seja escutada, nem mesmo pelos amantes, os sujeitos que estavam na sala haviam pirado demais para perceber alguma coisa.A velha acabou dura no meio da sala, vítima de um ataque cardíaco fulminante, seu corpo somente foi encontrado no outo dia pela garota que mesmo sem ter parentesco algum com a velha, derramou algumas lágrimas, porque apesar de tudo, a velha estendeu a mão várias vezes e foi com quem pode contar nos dias mais conturbados de sua vida, aquele era um fim triste, mas previsível.Naquele momento Pedro aproxima-se da garota e lhe abraça, afagando seus longos cabelos dourados.A garota num pranto convulso, chegando a ser até incompreensível, pois nem mesmo ela sabia que nutria um sentimento tão intenso pela velha.

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domingo, 18 de julho de 2010

Existência Vazia

domingo, 18 de julho de 2010 1
 John cantarolava e bradava: não quero sentir mamãe, não quero ter o pranto da dor.

 Diga-me a verdade, apenas dê-me a verdade é só oque lhe peço.

 O rapaz com seu pranto convulso correu até a porta dos fundos abriu-a e saiu em disparada pelo pátio gritando e saudando a luz do sol que era a testemunha de sua felicidade contagiante por estar livre.Olhava o céu e imaginava todas as pessoas vivendo com sua liberdade  e sentenciou, ali mesmo, que jamais seria um soldado, não queria morrer.

 Assim sendo a mãe foi até o menino e o abraçou, com tanta energia amorosa verdadeira que até dizendo-lhe que apenas seria um soldado se quisesse, se lhe obrigassem ela estaria lá e tentaria até o ultimo segundo evitar, custasse oque fosse, com a própria existência se preciso.
 De repente ouve um barulho muito forte na porta da frente e dois homens de farda marrom que assemelhavam-se a de soldados correram ao encontro dos dois e esbofetearam a mulher, logo após agarraram de forma ríspida o menino, que aos prantos gritava por socorro, a mulher ainda tentou, mas novamente foi violentamente agredida, quando caiu inconciente.Os homens sairam com o menino ao gritos, o mesmo num choro perturbador.

 Passaram-se vários anos e aquela pobre mulher nunca mais viu o menino e talvez jamais o veja, mas assim mesmo pensava que era a vontade daquele lá de cima e que este era seu quinhão, que teria de pagar até o último de seus dias.

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segunda-feira, 12 de julho de 2010

O embrulho

segunda-feira, 12 de julho de 2010 0
 -Embrulhou tudo mesmo?, sem rastro algum?.Espero que tenha saído como planejamos.


     -Diz uma coisa?, quando que deixei na mão.Não..não...não, nem reponda que eu mesmo me dou ao trabalho: NUNCA


     -É, mas sabe como é que é, uma fora e tudo acaba mal, entendeu?


     -Tá parecendo até militar com este "entendeu".Já te passei todas as coordenadas, tem erro não, deixei bem esmiuçado?


     -O plano ou serviço?


     -Os dois.

     -Então só aguardar, que o tempo se encarrega de todo o resto.


       No fundo rola uma canção muito boa que agradava a ambos, não lembra o nome, mas era uma banda dos anos sessenta, periodo muito admirado, pelos dois, na história do rock.O cara com camisa de flanela xadrez acende um cigarro sentado naquele sofá empoeirado com mancha de mofo, fruto de võmitos homéricos não limpos ao longo de noitadas movidas a drogas e diversão.


      -Relaxa véio, não tem como furar é aguardar e pronto, serviço completo, pega ai.

      Após esta frase passa o cigarro para as mãos do outro que aceita com certa avidez, talvez pensasse que serviria como uma distração para seu nervosismo visível, pois tudo teria que transparecer de forma trivial, quando chegasse o momento oportuno. 

      -Somente vou relaxar depois que tudo estiver devidamente resolvido, até o ultimo momento toda situação é delicada. 


      -Sabe de uma coisa? eu tô relaxado, nunca falhei. E tem mais uma: dei sumiço em tudo.

      -É ainda bem, ainda bem.Poxa, se não tivesse se entrometido com meus esquemas poderia ter ficado tudo bem.

         Começa a coçar a barba que estava grande e cobria os buracos que tinha no rosto devido as milhares de espinhas espremidas na adolescência.Dá duas tragadas no cigarro e passa a mão direita no rosto.Dá meia volta e obeserva friamemte o retrato da mãe na parede da sala.Sente um misto de dor e desprezo, tudo ao mesmo tempo.Atormentava-o a tal ponto aquela fotografia, resultando num esgotamento emocional rasoável.Bafora a fumaça do cigarro para o alto e passa para o outro sujeito que tenta balbulciar algum estrofe da musica que tocava na velha vitrola.

       -Oque deu mais trabalho foi cortar a cabeça que tava bem dificil, tambem os instrumentos não ajudavam muito, outro problema foi o sangue.


      -Cê limpou tudo lá?


      -Dei meu jeito.


      -Sim pô, ninguem merece ter de cozinhar num ambiente todo sujo de sangue.


      -Negócio agora é acender uma vela pra velha ser bem recebida lá onde quer que esteja.


      -Tá arrependido é Silveira?


      -Lógico que não rapaz.


      -Só mato quando acho justo, ai é sem dó e faço bem feito que é pra valorizar o ordenado.


      -Essa velha nunca mais vai me encher o saco por causa do meu fanatismo por rock e de quebra não vou precisar suportar aquele forró horrível que era obrigado a aturar.


       E assim o homem de camisa xadrez se despede e sai com sua mala em direção ao táxi que lhe aguardava em frente a casa.Ainda na porta olha para traz fita o outro homem nos olhos e esboça um sorriso no canto da boca, meio sem graça.Coloca sua boina estilo europeu e sai debaixo daquela chuvarada que caía.O outro homem vai até a vitrola, troca o vinil, procura a faixa desejada, aumenta o volume.Vai até a estante prepara um whisky duplo.Cai no sofá com a consciência do dever cumprido, como se tivesse vindo de um dia atarefado de trabalho.Prossegue no seu ritual cantarolando a canção que  era lida naquele velho vinil.

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segunda-feira, 5 de julho de 2010

O segredo

segunda-feira, 5 de julho de 2010 0
    Era julho, mês de muito frio aqui em Rio dos Cordeiros, o vento desfolhava quase por completa as cerejeiras que haviam aos montes naquele bairro, era o charme daquela rua.Seu Arlindo sempre escrevis seus versinhos inspirados por aquelas belas cerejeiras, uma flor linda dava aquela árvore.
Todos à mesa. Numa das cabeceiras seu Arlindo, na outra Pedro, enquanto numa das laterais ficavam lado à lado, Ana e Leandro, este último por sinal muito bem trajado com um suéter azul.Do outro lado ficava Joana, tal como Leandro muito bem vestida, oque realçava mais sua beleza, deixando em segundo plano seus traços de envelhecimento, impercepitiveis.

  Pedro obeservava a todos sem tecer comentário algum, mergulhado em suas preoucupações, seus dramas.Enquanto sorvia um gole de vinho do porto, percebia o contraste entre a suavidade daquela bebida e o amargor  perturbador de sua existência.Atento a todos, sentia como seu amigo de infância, Leandro, se engraçava, com classe, para sua irmã, que parecia absorta em seus pensamentos, talvez sobre arte ou qualquer outra coisa menos Leandro.Ana imaginava como podia aquele garoto ser tão
idiota a ponto de não  perceber o quanto era chato ou completamente desinteressante, ao menos, para ela.Estava mesmo era pensando em seu pai, ao que indicava faltava muito pouco para se envolver com aquela interesseira, viúva de dois matrimonios, mortos em circuntâcias um tanto quanto estranhas, dois assassinatos, os quais esteve como acusada.Jamais concordaria com este relacionamento estapafurdio, exatamente esta palavra, gostava de utilizá-la em situações desta oportunidade.
 
   Terminado o jantar, agora seu Arlido e Joana estavam  nas despedidas, ela dizendo o quanto tudo estava tão organizado, desde o cardápio, com destaque para escolha do vinho, até a preparação da mesa com todos os acessórios acertadamente dispostos.Enquanto isso, naquele exato momento no sofá quadreculado em frente à lareira, Ana falava para Leandro que não havia chance alguma de acontecer algum envolvimento amoroso entre eles, não existia espectativa alguma.

   Pedro encontrava-se na varanda do apartamanto observando os automóveis deslizando de um lado ao outro.Era chegada a hora de falar tudo, desafogar seu peito, com certeza piorar não iria, pelo contrário, seria tudo mais saudável para ele, porque não dizer para ambos.Quando seu Arlindo retorna, ja estam todas as luzes apagadas, menos a da varanda de onde podia ver na penumbra da luz uma fumaça de cigarro, havia alguém lá com certeza.Chegando até esta parte da casa avista o filho fumando um cigarro, apesar de ter parado de fumar à algum tempo consegue distinguir até mesmo a marca do cigarro o qual definiu, com certa confiabilidade, como sendo um malboro filtro laranja, o mais forte de todos.Desconhecido era o motivo pelo qual seu filho estava cometendo tal ato, pois sabia muito bem que ele não fumava, a não ser que tivesse começado agora e nem mesmo havia reparado, tão atarantado com seus problemas, ocupadíssimo com os afazeres da livraria.Resolve questionar o filho a respeito daquele ato repentino de começar a fumar:


-Começou agora?

-Oque ?-indaga o rapaz.

-Isso ai que você tem na mão?-retruca o pai.

 Pedro levanta o cigarro e mostra ao pai.
-O senhor quer dizer o cigarro?, já faz algum tempo. Até mesmo Ana sabe.

-Longe de mim falar alguma coisa é que apenas tive a curiosidade de saber.E sabe de uma coisa?, me dê um tambem, hoje não foi fácil.- sempre que ficava tenso seu Arlindo fumava um cigarro e se for um assunto extremamente delicado, pior era.

Pedro jogou a carteira de cigarro nas mãos de Arlindo com certa força.

-É pai, como são as coisas.Nem mesmo você, o defensor das boas maneiras percebeu que seu filho mais velho estava fumando.São tantos os problemas com que se preoucupar não é mesmo?

-Não é verdade. São apenas distrações que cegam algumas vezes dos assuntos que realmente importam.

-Tenho algo muito importante para falar para o senhor e ja faz algum tempo, existem coisas que retardamos, que relutamos, que nos negamos a aceitar muitas vezes, todavia não há meio termo, não existe solução diferente a não ser baixar a cabeça e acatar.

-Sim, é mais forte que nós mesmos- diz Arlindo.

   A cena parecia clássica: o pai de um lado o filho do outro, e um dilema, a reação de cada um estando frente à frente era um enigma.Havia um detalhe: o tempo que não era dos melhores, o céu sem estrelas, coberto pelas nuvens carregadas tal como as cortinas de um teatro que esconde o espetáculo que nos farão rir, chorar ou ambos.Agora percebia-se que a maioria dos apartamentos dos prédios ao redor ja haviam apagado suas luzes, todos ja haviam adormecido, todavia, no aprtamento 45 as luzes insistiam em permanecer acesas.


-Pai, ja percebeu como sempre tentei fugir de muitas coisas e você sempre me ajudando, me impulsionando de modo a não me deixar desistir dos desafios, foi sempre assim, desde aprender a dar as primeiras pedaladas na bicicleta até a tão almejada aprovação no vestibular.

-sim. Lembro de quantos tombos você levou até aprender definitivamente andar de bicicleta, mas o vestibular eu apenas fiz você acreditar no grande potencial que tinha, era  apenas uma questão de paciência e perseverança.

-Sim pai, mas em todas essas vezes la estava o senhor sempre apoiando, isso é elogiável.

-Apenas fiz minha obrigação de pai.

-Pode ser.Tudo isso foi extremamente importante, ainda mais para nós que perdemos a mãe muito cedo.Foi uma barra e tanto.

-É verdade filho.Mas onde você realmente quer chegar com todas estas recordações muito bonitas, que embelezam tudo ,mas não te dão pistas de absolutamente nada.

  Neste momento há um silêncio esmagador que chega a sufocar, ambos temem por algum motivo que guardam à sete chaves no fundo de seus corações amordaçados por pensamentos dos mais distintos.Pedro dá mais umas tragadas no cigarro, que ja estava no filtro laranja, bafora a fumaça, que se mistura com a névoa gélida do inverno e se perde na imensidão da noite com todos os seus encantamentos que nos embriagam e nos contagiam, assim mesmo, tudo misturado.A noite onde todos somos vencedores e vencidos, onde os temores e os atos de bravura nos promovem ou nos rebaixam, assim mesmo, tudo exatamente definido.
 

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